sábado, 24 de maio de 2014

O Partir que nos Parte

"Perder um ente da família,
Perder o rumo de nós mesmos.
Alguém que nos ensinou a ser seu reflexo em alguma ação ou momento;
Alguém que sempre dançou com os pés na eternidade;
Alguém que sempre se alegrou em ter tudo que gostava por perto;
Alguém que sabia o significado da palavra ser sem se importar com biografia escrita por outros sobre si;
Alguém que ajudava, muitas vezes, sem seu bolso autorizar permissão;
Alguém que não precisou da figura de um Pai esculpida na criação de seus filhos;
Alguém que sempre soube o peso de uma enxada nas mãos, mas que a tornou ferramenta de parte de sua personalidade, porque pra ela, calos eram sinônimos de vida;
Alguém que fez da palavra "não", parte excluída de seu dicionário diário;
Alguém que tinha seus olhos sempre voltados para todos;
Alguém que apreciava uma cachaça, um bom cigarro e um arrasta-pé em época junina como ninguém mais;
Alguém que era simples, que de tão simples se tornou não simples na vida de quem lhe conhecesse;
Alguém que sorriu para nós sem estar sorrindo, só por ainda existir;
Que mesmo em face a tanta dor corporal em seus últimos meses de vida,
Soube esperar o momento certo de partir...
Com todos que amava de verdade ao seu redor.
MARIÃO,
Você não foi apenas Tia, Avó, Mãe, Cunhada, Irmã, Esposa, Amiga...
Você nos foi TUDO."

(Aline Rodrigues)

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